terça-feira, 22 de novembro de 2016

Uma esperança para o mar salgado e nós

Entristeço-me ao ver o mar que, mesmo tão salgado, não cessa de chorar.
- Porque choras? - pergunto-lhe.
- Choro porque a minha alma está triste - responde-me este mar.
- Não chores mais, alegra-te comigo... Sorri um pouco, meu amigo.
- Não consigo, é que só as lágrimas expressam o que sinto!
- Queres desabafar comigo a razão de tamanha tristeza?
O mar suspirou profundamente e, passado algumas ondas, contou:
- Choro porque os portugueses já não são os aventureiros corajosos que outrora conheci. Já não são aqueles que me exultaram a ajudá-los a conquistarem novos mundos. Já só me fazem lembrar peixes amorfos seguindo um cardume sem nobreza. Esqueceram-se de quem são e, mais, esqueceram-se que o destino de Portugal ainda não se cumpriu.
- Não chores tanto  - pedi. - Pois, conheci quem disse: «Os Descobrimentos que os portugueses fizeram foi para fazer com que o futuro coincidisse com o passado. Que é coisa do Einstein. O regresso ao futuro que seja o passado, ele próprio. » Por isso, tudo vai mudar, mar - acredito neste homem! Chama-se Agostinho da Silva.
Desde esse dia, o mar ganhou um novo entusiasmo, pois o professor - tal como Jesus Cristo há dois mil anos atrás para os humanos - deixou uma nova esperança aos portugueses.
Para que Portugal se cumpra, há que espalhar a palavra do professor Agostinho da Silva.


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