segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Entre a fronteira e a alma

Alternando os dias, o baralho de cartas muda as acções. Eu olhando o horizonte mendigando o pão, elevando a pique o mundo. Fronteira infinita, daqui além, que não mais mostra quem é - fronteira de arame farpado. Altivo muro que nos separa, esquece o horizonte e olha para mim, escuta estas palavras com atenção:
Tu és maior que o mundo, és mais alta que o universo porque estás em todo o lado, fronteira.
Depois, observa-te e grita tão alto quanto consigas, grita para que te ouçam, lá onde estão, no final dos tempos. E «adora» quem foste para que ultrapasses, ama tudo o que te rodeia para que escutes a Música, para que faças jus ao teu passado. Então, dança na roda do mundo tocando os outros e, com eles, sendo feliz.
Para que queres... se tudo terás, se nada quiseres. Escuta os teus passos a pulsarem o chão, na ladainha da vida, a tua atenção será o meu olhar, para que tudo eu veja. Para que te derrube muro que és, e para que sejamos quem na realidade somos: Tudo!

Sem comentários:

Enviar um comentário