domingo, 6 de novembro de 2016

Para que não caia nunca

Quando imerso em ti, desaguo nas águas límpidas da tua nascente. Desaguo em ti, desaguo no interior de ti, que me abraças e me levas para onde desejas. E desejas tudo.
Então, a tua mão agarra a minha alma e segura-a bem alto dizendo, Cabes no meu punho. Que faço, se é verdade aquilo que dizes; aquilo que o gesto da tua mão indica está correcto, sim, cabo por inteiro no teu punho, até porque é nesse gesto que me cumpro, eu cabo por inteiro na tua mão.
Se me largas, caio pelo abismo de nós, perderei o rumo e desaguarei longe de ti.  Segura-me para que em ti eu sempre encontre abrigo, quero-te a ti e não a outra.
Segura-me bem firme no teu punho para que, assim, possa afirmar,  na tua mão sou feliz!
Segura-me bem, para que não caia nunca.



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