segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Um filho de Portugal

Senhor, que lá longe, naquele país longínquo, no Sul da África encontrou o trabalho de toda uma vida, trinta e três anos o mantiveram longe da nossa Pátria. Portugal, país mártir que agora vê os seus filhos partirem de novo sem a esperança da conquista. Quantas foram as vezes, senhor, que viu a injustiça acontecer pelo cano de uma arma. Quantas foram as vezes, meu senhor, que viu o sofrimento caído no chão; quantas foram as vezes, senhor, que as suas lágrimas lhe pareceram tão iguais às lágrimas dos negros que ajudava. Senhor que continua pleno de nobreza. Na verdade, quem mostra carácter, será sempre um filho de Portugal, cá e lá - onde estiver.
Post dedicado a quem me mostrou como é possível lutar contra a descriminação racial, em qualquer que seja a conjectura. Na África do Sul este homem, filho de um Portugal que se quer digno, lutou contra as injustiças do apartheid, sentiu uma bala passar-lhe a um palmo da cabeça, foi espancado, mas nunca perdeu a fé no ser humano, nunca se esqueceu que um filho de Portugal ama todos os povos e respeita todas as idiossincrasias.

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