segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Escrevendo ao coração

Escrevo as palavras que o meu coração quer ouvir, palavras doces, palavras sorridentes, palavras amorosas. «Sou feliz» – escrevo - «Amo as flores! Amo a vida. Vamos viver em paz. Vamos todos nos dar bem… Vamos ser felizes!»
Espero que gostes destas palavras, meu coração. Um abraço meu. Amo-te!

Da vontade

Quando a paisagem revela estabilidade tudo parece perfeito. Na estabilidade tudo é natural porque o ciclo de vida e morte renova o que deve ser uma roda viva. Enfim, a alquimia. Enfim, a vontade. Éter. Mãos erradas, enfim. Vontade de ser poderoso. Éter, enfim, a alquimia. Vontades... Enfim, nas mãos erradas a moderna alquimia – os tempos modernos.
Todavia, a antiga alquimia continua em correctas mãos. Vontade que tudo se mantenha -, contradição.
Só o discípulo preparado recebe a compreensão.

Das palavras de amor

Palavras de amor são palavras onde o coração abrilhanta as nossas frases.  Palavras meigas ou não, atenciosas. Todas as palavras de amor vêem do coração. Todavia, as pessoas não dizem palavras de amor, com a frequência ou a intensidade para mudarem.
Para dizermos palavras de amor basta escutar o nosso coração.
Como escutar o coração? Sentindo.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Aos saltos e pinotes

O vento impulsiona os meus passos a seguirem adiante. Recuo, à minha frente não sei quem sou. Recuo ao passado, onde me recordo. No passado tudo é conhecido.
Novamente, o vento empurra-me para a frente e de súbito: caminho. Surpresa das surpresas, não me encontro no futuro. Caminho com os pés bem assentes no chão, neste presente onde oiço os meus passos e onde cheiro o aroma do trilho.
Agora, o menino que fui corre, saltita e corre. Sorrio e, neste sorriso, seguro o sol no firmamento. Sorri para sempre menino que dentro do meu peito corres aos saltos e pinotes. Brinca agora menino que eu nunca deixei de ser.
Estou feliz.

Lembranças alegres

Naquela tarde, aquela onde eu brinquei contigo, lembras-te? Quando juntos fomos felizes. Lembro-me tão bem de ti. Sorrindo brincavas comigo. Lembras-te?… Desde essa tarde nunca mais brinquei contigo. Desde essa tarde, tu também nunca mais ouviste o meu riso. Que tens feito? Ainda corres aos pinotes pelo campo aberto, ou já as pernas te pesam como as minhas. Agora que sorris, vejo que não mudaste as feições. Ao sorrires pareces o mesmo menino que comigo brincou naquela tarde. Lembras-te? Brincámos. Rimos… Fomos felizes.

Meninos como tu

Ao inspirar o sol o menino sorriu. Ao expirar o sol, já era noite e foi a lua que subiu.
No topo do céu, mas do outro lado do mundo, o sol encantava outros meninos. Meninos, como ele, que inspiram o sol e exalam a lua.

Tu que esperas por mim

Subindo o horizonte alcanço o topo do mundo. Desço o horizonte e vejo que cheguei de novo ao topo do mundo. Sento-me no topo do mundo, e medito.
Passados muitos dias, torno a erguer-me e a caminhar. Já não procuro o horizonte; procuro, sim, firmar a tua presença em mim.

Sendo

Vejo um mundo de sonhos, uma fórmula esquecida. Vejo sorrisos de crianças, mulheres perdidas. Vejo o mundo sem contornos, fundos sem limites. Vejo o espaço sem fim, redondo. Definido pela circunferência.
Sou eterno, um homem que viveu o mundo. Sou um ser humano que sentiu, pensou, soube e esqueceu, mas não descobriu a chave, o truque da existência. Realidade pensada, imaginada na própria cabeça.
Sou quem sou, já não sou quem fui. Agora sou, no futuro continuarei a ser, mesmo que numa pétala de rosa.

Uma semelhança diferente

Num mundo concorrido, como este, em que vivemos, sinto que o mundo é sempre melhor se for pendurado e estendido ao sol. Principalmente se na Primavera o tempo o permitir. Desse modo, pode o mundo secar, enquanto é abençoado pelo canto dos passarinhos e pelo poisar das libelinhas.
Floresçam mundos novos, concorridos ou não. Sejam eles felizes neste universo paralelo. Sejam doces como o mel e alegres como as crianças são.
Procuro engravidar, e, de mim, fazer nascer um novo mundo. Um mundo lindo como este, contudo diferente. Único, a destacar-se dos outros mundos. Deve ser original. Ter os lábios bonitos, os olhos doces, um corpo de mulher e um sorriso de criança. Ter o atrevimento de quem procura descobrir, ser doce e meigo como o amor. Todavia, irreverente como este mundo concorrido. Contas lançadas, procuro gerar um mundo semelhante a outros mundos que já existem. Um mundo onde o coração conduza as nossas atitudes, mas pendurado e estendido ao sol.

A quarta dimensão

Movimentando a sombra, o homem tentava fugir de si mesmo. A sombra sempre no seu encalço, demonstrando-lhe que ele não podia fugir. Pertencia a este mundo regido por certas leis. Mas, e a quarta dimensão? Fugir será sempre um acto regido por leis, seja em que dimensão for.
Desvio o olhar do homem e retiro-me daquele espaço, voo nos pensamentos, sobrevoando as dimensões conhecidas.
A quarta dimensão, o caminho da magia. Um caminho tão possível aqui mesmo.
Procuro com o olhar o homem e sobrevoo a sua vontade. Ali estava a vontade a conversar com a sombra. A magia – um caminho invisível. Intuitivo.
Duvidas do que não vês? Só acreditas no que vês? Então como podes querer ver, para ver é preciso imaginar. Acreditar que existe – que é possível.
Só assim verás, como por artes mágicas verás.

Acreditar que é possivel

Aprender a caminhar por esta terra abençoada por Deus. Descobrir por debaixo de cada pedra o rosto do criador. Ser feliz, é viver em profunda compaixão, é saber dar a mão. Lado a lado percorrer os caminhos da vida a amparar o outro, alegrando-nos na sua alegria. Acima de tudo querendo o bem, comprovando que quando a vida se celebra desta forma, o amor acontece e gestos nobres honram o instante.
Sentar-se em frente ao mar, escutar os sons da vida, que alegria emana para a existência. Ser feliz, sorrir e dançar, abraçar quem se aproxima, acarinhá-lo como se faz a um filho. Sorrir, e com esse gesto contagiar o mundo. Contagiar a alma dos que estão tristes ou afastados do caminho, perdidos por ermos sombrios. Amar, e ser amado, sorrir e fazer sorrir. Viver a vida com entusiasmo. Com leveza de espírito honrar cada instante, como se dele dependesse todo o nosso futuro (e depende).
Ser humilde entre os melhores, todavia ser aquele que procura acreditar que é possível, confiando-se à vontade de Deus.

Sonhando novos mundos

Movendo o mundo engreno a roda no eixo. Soprando sonhos alcanço a estrela longínqua e coroo o sol – rei do universo. Menino-homem brindo à saúde de todos. Quero poder brincar e saltar rumo ao horizonte, onde a solidão não existe e onde são todos amigos.

Nesse horizonte de mim, espero ser feliz. Manter o sorriso no rosto e a expressão de criança que neste mundo tenho.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

A brisa da madrugada e o perfume

Perfume doce que a brisa da madrugada trouxe a passear ao meu jardim. Alcanço a brisa e cheiro o perfume, como quem alcança um ramo. Sou feliz, pelo tempo que a brisa permitir alcançarei o perfume. Grito: estou feliz!

Quais os nossos sonhos?

Tudo começou com um sonho de uma alma grande, depois essa alma ateou outras grandes almas, entre elas Fernando Pessoa e, agora, Paulo Coelho.
Fernando Pessoa – porque toda a sua obra culmina no alcance da seguinte frase: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.”
Paulo Coelho – porque procura despertar em cada um de nós o guerreiro que luta por um sonho.
Deixo a seguinte sugestão: tornarmos público o sonho da nossa vida. Talvez esse seja o primeiro passo para se concretizar o sonho de Deus na terra.
Porque o nosso sonho é também o sonho de Deus.
Neste dia confesso a todos:
Um dos meus sonhos é ser escritor!

A mais não me obriguem

Quando o rio desce do céu e penetra até às entranhas da terra, no pulsar do sangue, as lágrimas rolam pelo rosto do meu mundo. Sou como sou, a mais não me obriguem. Nasci humano, meu pai o céu, minha mãe a terra, a lua foi quem me criou, e o sol fez de mim homem. Sou como sou, e a mais não me obriguem.
Choro, não tenho vergonha de o dizer, e até grito para toda a gente ouvir:
Sou como sou… e a mais não me obriguem!

Tudo terminou bem

Desvio o rosto e o meu olhar escorrega para a berma do precipício - desisto de ser quem sou. Na solidão do momento, corro para o declive e salto. Nesse salto, procuro a tua mão, não a encontrei.
No momento de tudo acabar, sorrio porque te encontrei.

Vivemos como lobos, morremos presas

Brilha o luar no firmamento da memória, saltita a fada de estrela em estrela. No chão, os lobos uivam, alguns perseguem-nos. Somos homens que fugimos desde a noite dos tempos. Escorregamos e caímos. De novo, caímos e os lobos uivam.
No silêncio que antecede tudo o que irá acabar, já somos presas. Os lobos são quem na verdade sempre fomos. Lobos, fomos lobos! Nesta vida que dura, no tempo fomos lobos. Todavia, morremos presas.

Tornar a nascer

Na dor da vida, o mundo se renova. No prazer da vida, o mundo se renova. Nascimento e morte. Morrer e nascer. 
Morte palavra difícil de dizer, sentimento negro. Vida sentimento claro. A vida é luz, e a morte escuridão. Será?
Sei que um dia irei partir de mim, abandonar este corpo e seguir rumo ao vazio, para nascer de novo e ser feliz.

Conquista

Palavras vivas, letra bonita. Música solta, liberdade de quem a escuta.
A frase ressoa dentro de mim, agora que a escuto sei quem és. Sei o que queres: ser feliz comigo. Espero que saibas que basta sonhares, lutares pelo teu sonho e conquistares o troféu.