quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Dos nossos actos e do carma

O grão de areia rodopia em frente do espelho que é o meu olhar. De súbito, descai. Noto que me teme, mas ainda o seguro por entre os dedos, que coloquei em pinça.
Ao ver esta imagem, a minha gargalhada ecoa pelo tempo e pelo espaço. O grão de areia, então, chora e as suas lágrimas enlameiam os meus dedos.
- Que nojo - digo limpando as mão às calças. - Já eras!
Seguidamente, sinto uma pontada nas costas, o meu coração descontrola-se e caio pelo chão, enrolando-me em mim. Ainda ouço uma voz dizer:
- Já eras!


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