domingo, 27 de novembro de 2016

Da prostituição

O homem ordenava «Vira-te mulher que és; para que te olhe de alto a baixo. Aqui, vem aqui! Faz o que tens a fazer».
Na miséria das ordens, ela fazia o que havia para fazer, escrava dele. A troco de dinheiro, outro ser humano abusava dela.
Miseráveis momentos, que nada acrescentavam à miséria que antes havia. O dinheiro gasta-se, o corpo limpa-se e pensa-se que tudo está igual, mas nunca mais será como dantes. As recordações enegrecem a alma e a miséria cada vez mais a põe entre grades.
Miséria, contudo, que atacará mais quem pagou do que quem recebeu - se carinho não há, apenas a ilusão existe!


Sem comentários:

Enviar um comentário