quinta-feira, 20 de abril de 2017

Pelas mãos da Deusa

Bandeiras ao vento alegram a tarde que já quer anoitecer.
Assobiando cantos de embalar os pássaros poisam nos melhores galhos.
Uma gargalhada de cristal, cintila, vinda do oriente. É um buda que passeia por lá. Vontade de rir assim - a minha maior vontade.
Quando os morcegos levantam nas alturas, a lua resplandece na noite cândida. Chegou a Deusa que aprecia a magia dos gestos. A ternura dos carinhos.
Depois, do tempo que durou, as mãos sucumbem aos últimos gestos e repousam, pousadas na pele suada daqueles que amam.
Logo pela manhã, actuais gestos repetem práticas seculares. Lavam o rosto e limpam as lembranças do passado.

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