quinta-feira, 20 de abril de 2017

Ao encontro do ser humano

Era Inverno e o vento levantava as estradas no alto do céu. Como um ciclone, o vento encurvava as estradas no alto do céu. Nesse Inverno, as estradas escreveram frases lindas no alto do céu.
Quando chegou a Primavera, no alto do céu as estradas cortaram nuvens, contornaram nuvens no alto do céu e desenharam emoções entre o sol e a lua.
Depois chegou o Verão, e com ele o calor do Verão. O alcatrão das estradas derreteu e, cá em baixo, choveram estradas. Até que, lá em cima, nenhuma estrada ficou.
Depois o Outono trouxe o cair das folhas, mas nenhuma estrada desceu com as folhas. Já que as estradas tinham caído todas antes de tempo.
Tudo isto aconteceu com as estradas. Todavia podia ter acontecido connosco. Mas isso não ocorreu. Felizmente isso não aconteceu... isso ainda não aconteceu.
Lá no alto, lá no cimo do céu, nenhum ser humano voa sem ter asas. Lá em cima, lá no alto do céu, nenhum ser humano permanece sem ter asas. Mas todos os seres humanos voam cá em baixo sem ter asas, os seres humanos voam melhor onde não precisam ter asas.
Voam com a sua imaginação. Eles voam com a sua imaginação, eles caminham por estradas que atravessam nuvens. Livres eles voam com a sua imaginação.
É cá em baixo que o ser humano se encontra. Ele poderá voar se tiver asas, mas lá em cima só encontrará solidão, porque ele próprio não se encontra lá em cima.
É cá em baixo que o ser humano se encontra com ele próprio. É cá em baixo onde o chão seja firme.
» Para se encontrar em equilíbrio, o ser humano necessita harmonizar forças (fogo, água, terra, ar) numa sequência de intenções.


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