terça-feira, 16 de maio de 2017

Meu carrasco, bebo à tua glória

Na forca homens perderam a luz, na forca vidas voaram para longe dos corpos, moradas do ser. A Forca, engenho feio e cruel, onde vidas se soltam, vidas se perdem no etéreo ar que a envolve.
Quando os homens agem assim, dias de pesadelo alcançam os instantes das suas vidas. Movimentos pesados, súplicas entoadas, sonhos partidos como cacos no chão de um bar. Desgraçados aqueles que enforcam os outros, que lhes retiram a luz dos olhos, pesadelos terão pela noite dos tempos. Pesadelos terão enquanto o dia não nascer. Todavia, castigo tremendo, quando a manhã chegar serão salvos, sempre por aqueles que enforcaram, porque serão os sons que escutaram que os despertarão e, o que viram, a imagem da redenção.
Sorri agora pobre pecador, pois o teu riso será a imagem da tua glória quando o teu dia chegar. Eu mesmo te salvarei, castigo tremendo porque te perdoo. 


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